A Polícia Civil de Goiás apura uma possível ligação entre o incêndio que matou o funcionário Jorge Souza, de 34 anos, no dia 9 de julho de 2025, em uma fábrica da cooperativa de fertilizantes, em Rio Verde, e os crimes atribuídos a Rildo, apontado como suposto serial killer. Ao Mais Goiás, o delegado Adelson Candeo, titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), responsável pelas investigações, disse que o caso ocorreu dois dias após a morte de Monara Pires Gouveia e que Jorge de Souza 34 anos era vizinho do investigado e chegou a ter contato registrado no celular do suspeito, o que reforça as linhas de apuração.
Candeo relatou que a presença de Rildo na fábrica no dia da tragédia chamou a atenção, “Teve um incêndio aqui na COMIGO, morreu um rapaz chamado Jorge, apelido de Maranhão. Ele teria se jogado para não ser consumido pelo fogo, mas acabou sofrendo um traumatismo craniano [e foi consumido pelas chamas]. Curiosamente, o Rildo estava lá nesse dia. Era o primeiro e único dia de trabalho dele lá. Ele fez vários vídeos dentro da empresa e mandou para a esposa exatamente nessa data. Depois não voltou mais”, afirmou o delegado.
O incêndio que teria provocado a morte de Jorge, apelidado de ‘Maranhão’, funcionário da fábrica de fertilizantes, começou por volta das 17h30 em um dos elevadores industriais da unidade, estrutura localizada em área elevada e de difícil acesso. As chamas se espalharam rapidamente e comprometeram a segurança da construção.
Jorge Souza, que trabalhava no local, pulou de aproximadamente 20 metros ao tentar escapar. Ele foi encontrado já sem vida na base da estrutura, com ferimentos causados pela queda, pelo calor e pela fumaça intensa. O resgate do corpo só foi possível após a contenção parcial do fogo e a estabilização da área.
O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás foi acionado e se deparou com uma situação crítica, marcada pelo risco de colapso da estrutura. A retirada do corpo só foi possível após o controle parcial das chamas e a estabilização da área, realizada com apoio de guindaste e técnicas de resgate em altura
A Polícia Técnico-Científica realizou perícia no local, mas as causas do incêndio ainda não foram esclarecidas. Em nota, a COMIGO confirmou o incidente e informou que colabora com as autoridades para apuração dos fatos, além de prestar apoio à família da vítima.