A vacinação começou na última segunda-feira em todo o país para os grupos de maior risco
A nova etapa de vacinação contra a Covid-19, com o imunizante bivalente da Pfizer, começa nesta quarta-feira (01/03) em Formosa-GO nas unidades da USF Califórnia e na USF Vila Carolina. A aplicação começa pelos mais vulneráveis à infecção provocada pelo coronavírus que são pessoas com mais de 70 anos, pessoas em instituições de longa permanência a partir de 12 anos, e os trabalhadores dessas instituições, pessoas imunocomprometidos e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas. As pessoas desses grupos que tiverem apenas uma dose ou nenhuma deverão ser vacinadas com uma dose monovalente antes, completando as duas doses primárias. É necessário levar um documento com foto, CPF, cartão de vacina e os laudos ou receitas para comprovação que se enquadra no grupo liberado.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em novembro de 2022, o uso da vacina atualizada da Pfizer como dose de reforço com intervalo igual ou superior a quatro meses após a última injeção. A orientação é seguida pelo Ministério da Saúde.
A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) Isabella Ballalai explica que não há risco se uma pessoa for vacinada em um intervalo menor, mas a população deve seguir a recomendação do ministério.
“Não existe risco ou uma contraindicação. No nosso entendimento, essas pessoas podem ser vacinadas a qualquer momento. A definição do ministério considera questões técnicas e de planejamento para entrega das doses”, comenta Isabella.
As pessoas que tiveram Covid recentemente devem esperar pelo menos um mês para receberem a bivalente, pois também estão com os anticorpos em alta devido à reposta imunológica produzida para responder à doença.
A vacina bivalente da Pfizer é a mais atualizada disponível atualmente. Ela gera uma proteção mais forte contra a cepa original do vírus Sars-CoV-2 (que deu início à pandemia) e às subvariantes da Ômicron.
“Observou-se que a Ômicron tem uma resposta diminuída à vacina monovaente (de primeira geração). Por isso, a bivalente é importante. A pessoa desenvolve uma resposta de anticorpos melhor do que se ela tomasse apenas a monovalente”, explica a infectologista Maria Isabel de Moraes Pinto, do Exame Medicina Diagnóstica.
Os infectologistas concordam que os brasileiros que não foram incluídos na nova etapa da campanha devem dar continuidade ao esquema vacinal com as doses monovalentes.
Eles seguem estudos que atestam a eficácia da primeira geração de vacinas para a proteção contra doença grave e morte pela Ômicron para crianças, adolescentes e adultos de até 59 anos que não se encaixam em nenhum dos grupos de maior risco.
“As pessoas precisam entender que devem tomar o reforço – seja da dose monovalente ou bivalente – porque a vacina não oferece proteção duradoura, assim como acontece com a vacina da gripe, que nós tomamos todos os anos”, enfatiza a diretora da SBIm.
Com informações: Prefeitura de Formosa e Metrópoles.