Quadrilha comprava produtos eletrônicos com cartões clonados e repassava para os empresários com valor abaixo do mercado
Na manhã desta sexta-feira (26/08), a Polícia Civil do Estado de Goiás cumpriu dezessete mandados judiciais, sendo 10 de busca e apreensão e 7 de prisão, com a finalidade de combater os crimes de estelionato, associação criminosa, receptação e uso de documento falso. As ações aconteceram em Brasília/DF, Formosa/GO e Cabeceiras/GO dentro da operação mercadores de Loki.
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Formosa GO. A Polícia Civil de Goiás contou com o apoio da Polícia Civil do Distrito Federal (DOE e DCPI/DEPATE). Desde as primeiras horas da manhã, mais de 100 policiais e diversas equipes cumpriram as determinações.
As informações e apreensões estão sendo concentradas na 11º Delegacia Regional de Polícia de Formosa.
No dia 26/05/2022, a PCGO desarticulou uma grande associação criminosa especializada em realizar golpes na internet, na região de Formosa/GO. Na ocasião, foram apreendidos objetos frutos dos estelionatos encontrados na casa dos envolvidos, além dos aparelhos celulares e computadores utilizados para a prática dos crimes. Em posse deles, foi possível identificar e qualificar os envolvidos na associação criminosa.
O delegado Yasser Yassine explicou que os investigados participavam de uma robusta associação criminosa, que envolvia diversos empresários que adquiriam os produtos obtidos através do estelionato abaixo do preço de mercado, principalmente telefones celulares, notebooks e bebidas alcoólicas, com a finalidade de lucrarem revendendo em seus estabelecimentos comerciais.
Os investigados compravam dados de pessoas, através de outros criminosos, em grupos de WhatsApp e Telegram. Em posse desses dados, falsificavam documentos de identificação e, em seguida, requeriam cartões em bancos digitais de instituições financeiras menos burocráticas. Ou então encurtavam esse processo comprando cartões clonados ofertados.
Com esses cartões fraudados, os investigados compravam produtos e os vendiam para as empresas alvo desta operação, que sabiam das origens criminosas das mercadorias.
Foram apreendidas, ao longo da investigação, uma Land Rover, duas motos esportivas e diversos iPhones.
O nome da operação faz referência a um deus da mitologia nórdica. É um deus da trapaça e da travessura e do fogo, também está ligado à magia e pode assumir a forma que quiser. Ele não pertence aos Aesir, embora viva com eles. É frequentemente considerado um símbolo da maldade, traiçoeiro, de pouca confiança.
Os investigados foram presos preventivamente estão recolhidos na CPP de Formosa/GO, à disposição do Poder Judiciário.
Com informações: Polícia Civil