A revista Partes de um todo - Revista de Educação, Artes e Literaturas foi lançada ontem, 10 de janeiro, pela editora Metaverso, em formato digital
"Partes de um todo - Revista de Educação, Artes e Literaturas" - Edição nº 1, v. 1, 2023. Foto: Reprodução
Criatividade é o que não falta para os alunos da terceira série do curso Técnico Integrado ao Ensino Médio em Saneamento do Câmpus Formosa do IFG. Coordenada pelo professor de Oficina de Literatura e Produção de Texto, Lemuel Gandara, a turma produziu e publicou o primeiro exemplar de Partes de um todo – Revista de Educação, Artes e Literaturas, que pode ser acessado pela plataforma Issuu, no link https://issuu.com/lemuelgandara/docs/revista_arte_literatura_1, ou no site Lemuel Gandara (https://lemuelgandara.com/publicacoes/). Em breve, estará disponível também no site da editora.
A revista é fruto de trabalhos produzidos pelo alunado, do segundo ao quarto bimestre de 2022. “Os alunos participaram de todo o processo de criação do título da revista, da produção, do Conselho Executivo...”, declarou Lemuel. A obra gratuita tem a parceria da editora Metaverso, por meio do Departamento de Projetos Educacionais e Práticas Sociais, e do Grupo de Pesquisa Crítica Polifônica – Teoria Brasileira da Literatura (UnB/DGP/CNPq). O Conselho Editorial é formado por professores doutores de outras instituições, como a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e Universidade de Brasília (UnB).
Para as produções, foram realizados estudos sobre as representações do Cerrado e discussões sobre a teoria da geopoesia e geopintura. Poemas, crônicas, pinturas, desenhos e fotografias dos estudantes estão contidos na publicação. A imagem da capa foi produzida pela aluna Giovanna Gomes da Mota, que fez um apanhado dos elementos do bioma: “No início eu iria trabalhar com poesia, mas decidi que faria mais sentido juntar partes que eu considero marcantes do Cerrado numa só imagem”, justificou a estudante. Para Giovanna, o resultado foi uma revista que associou muito bem as produções ao objetivo final. “A revista ficou linda e fiquei feliz com a forma como cada obra de cada aluno foi colocada, buscando ressaltar a importância do Cerrado brasileiro”, pontuou.
O tema da revista nº 1, Dossiê Cerrado Plural, levou os alunos e alunas a refletir sobre o bioma da região em que moram e observar aspectos não vistos antes. Na opinião do estudante Willian José Alves Moreira, “a gente conseguiu absorver melhor o Cerrado. Vimos como ele tem belezas, como tem coisas nele que não vemos no dia a dia. Esse trabalho foi simplesmente perfeito”. Enaltecendo a atividade proposta pelo professor, Willian falou do incentivo recebido pelo mestre Lemuel. “Ele mostrou que os nossos trabalhos não são apenas trabalhos que você faz e larga por um tempo, mas que você deve levar para o resto da vida”, disse Willian.
Autor da crônica “Notas soltas”, José Neto Souza de Lima abordou seu processo de criação. “Desde sempre tive contato próximo com o bioma Cerrado, daí que veio a inspiração em relação às experiências sensoriais. E como já gostava bastante das artes musicais, tentei mesclar as duas coisas e acabou resultando na minha crônica”, explicou o educando. José Neto também se mostra feliz com o resultado: “O resultado final da revista foi muito satisfatório, além das expectativas. A junção de todos os trabalhos me surpreendeu e a turma como um todo criou fotografias, poemas, crônicas e pinturas incríveis!”.
Partes de um todo é editada por Lemuel Gandara e pelo poeta, professor e pesquisador da UnB, Augusto Niemar. “É um projeto muito bonito, que se conecta com o meu projeto de Pibic e também com o projeto de pesquisa que tem cadastrado no Instituto”, explicou Gandara. A revista é um dos resultados obtidos por Lemuel no projeto de pesquisa Literatura e outras artes no Metaverso: teoria e prática de vanguardas tecnológicas (Edital nº 4/2022-PROPPG/IFG) e do PIBIC Literatura e outras artes no Metaverso: teoria e prática (Edital nº 15/2022-PROPPG/IFG), “com foco no diálogo interartes e na recepção mediados pelas tecnologias contemporâneas”.
Além de professor, Lemuel Gandara também é pintor e artista visual. Em outubro de 2022, ele apresentou algumas da obras da Exposição “Metamundus” no Salão Internacional de Arte Contemporânea – Carrousel Du Louvre, em Paris. A mesma exposição já havia sido levada para a Estação Central do Metrô de Brasília, após seu lançamento no Metaverso da Plataforma Spatial, em junho do ano passado.
Mas o cinema também atrai o artista e lhe trouxe a medalha de bronze na 6ª Olimpíada da Língua Portuguesa. Dentre os filmes já produzidos, o premiado documentário de 2019, O que me contam os ipês, apresenta uma reflexão sobre Formosa, confrontando “visões de seus antigos moradores e da nova geração com foco na cidade idealizada por pintores, fotógrafos e poetas”. O filme nasceu a partir de um projeto de ensino da área de Línguas aplicado no Câmpus Formosa. Uma coisa é certa: o Cerrado permeia seus trabalhos e o professor-artista faz questão de levá-lo para a sala de aula.
Confira aqui a publicação Partes de um todo – Revista de Educação, Artes e Literaturas .
Acesse o site lemuelgandara.com e confira outros trabalhos do artista.
Por: Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa