Foram cumpridos 8 mandados de busca e apreensão em Formosa e no Distrito Federal
O Ministério Público Estadual, deflagrou na manhã de hoje (02/09), a operação ‘Pedra Roseta’ coordenada pelo promotor de justiça Douglas Chegury, cujo objetivo é desmanchar e responsabilizar uma possível organização criminosa que teria desviado da prefeitura de Formosa, entre os anos de 2017 e 2018, durante a gestão de Ernesto Roller, cerca de R$ 15 milhões de reais, pela secretaria de obras e finanças, dirigidas pelos ex-secretários Jorge Saad Neto e Luís Gustavo Nunes Araújo, conhecido como Guto Araújo.
Foram cumpridos 08 (oito) mandados de busca e apreensão (sete em Formosa e um no DF) em face dos dois ex-secretários, bem como dos também servidores da Secretaria de Obras Tarlley Iamaro de Araújo e Diego Pereira de Sousa, da ex-pregoeira Aline Aparecida da Silva, e dos empresários Vanessa Maris Araújo Fernandes e André Luís Gontijo de Sousa, proprietários da empresa MULTI X.
O MP descobriu, por meio de quebras de sigilo judicialmente autorizadas e com colaboração premiada já homologada de empresário do ramo da construção civil, que para a realização de obras por parte da empresa do colaborador era exigido o pagamento de 20% a 25% de propina aos envolvidos na organização criminosa, que contava com uma estrutura hierarquizada, divisão definida de tarefas e um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro por meio de compra, reforma e venda de imóveis residenciais e empresarial, além de cabeças de gado, e registros de propriedade em nome de “laranjas”.
Também veio à tona durante as apurações um esquema de cobertura fraudulenta mútua de empresas durante a realização dos pregões para contratação das obras, com direcionamento a determinados empresários e empresas. O prejuízo aos cofres públicos estimado até o momento supera os 15 (quinze) milhões de reais.
As investigações terão prosseguimento para identificar e responsabilizar outros envolvidos, recuperar o prejuízo ocasionado e chegar até o possível chefe da organização criminosa e principal favorecido com os desvios. As buscas foram autorizadas pelo Juízo da 1ª Vara de Crime Organizado e Lavagem de Capitais de Goiânia/GO, e contaram, em seu cumprimento, com apoio de equipes da Polícia Civil.
Em caso de condenação pelos crimes a eles atribuídos, de organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude a licitação, falsidade ideológica e corrupção, estão sujeitos a penas superiores a 20 anos de cadeia.
O nome da operação, “PEDRA DE ROSETA”, é uma referência ao fragmento de rocha arqueológico encontrado em Roseta, cidade do Egito, no final do século XVIII, onde foram identificadas inscrições do mesmo texto entalhadas em grego arcaico e em hieróglifos, e por meio da qual foi possível aos estudiosos descobrir a gramática e decifrar os textos escritos pelos antigos egípcios.
NOTA ENVIADA PELA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA PREFEITURA DE FORMOSA
A Prefeitura de Formosa esclarece que a operação noticiada hoje (02/09) em diversas mídias, a pedido do Ministério Público, não tem QUALQUER relação com a gestão atual (prefeito Gustavo Marques).
As investigações da operação Pedra de Roseta são sobre acontecimentos de 2017 e 2018, com servidores suspeitos de receber propinas em licitações, e outros crimes.
Aproveitamos para informar também que INEXISTE qualquer tipo de condenação contra o prefeito Gustavo Marques sobre corrupção, em toda a história de sua administração, sendo considerada aos olhos da Lei uma gestão absolutamente honesta.
JOAO CARLOS FERREIRA NERI
agora temos um promotor que age em nome da LEI...