Bebê de 6 meses faleceu após tomar medicação estando com dengue, confira
Jade Milena de Souza Tora, de apenas 6 meses, faleceu nesta segunda-feira (07/07) no Hospital de Águas Lindas de Goiás. De acordo com o laudo cadáverico, Jade teve morte encefálica, também conhecida como morte cerebral, é a perda completa e irreversível das funções do encéfalo (cérebro e tronco cerebral).
Em entrevista com a Jornalista Clícia Balbino nesta quarta-feira (08/07), a mãe de Jade identificada como Gabriela Yohana Souza Ramos, de 21 anos relatou que a bebê no dia (04/07), havia passado mal e estaria com febre e chorava muito.
No sábado (05/07), por volta das 21h, Jade começou a passar mal, com vômitos e febre, Gabriela informou que de imediato levou a filha para o Hospital de Vila Boa de Goiás, pelo fato de residir no Distrito do JK.
Chegando no Hospital, os médicos olharam Jade e falaram que era a garganta dela que estaria inflamada e por isso o motivo da febre.
"Colocaram um pano molhado e frio na cabeça e nas costas da minha filha para abaixar a febre, em seguida aplicaram um medicamento na veia dela informando que ela estava com 40 graus de febre, não me falaram qual medicação que estavam dando para minha filha", ressaltou Gabriela.
Gabriela ainda informou ao Portal Foca lá que, após a medicação, a febre de Jade havia abaixado para 38 graus, ocasião em que elas foram liberadas a retornarem para casa.
"Eu e meu esposo estávamos indo com a Jade para o carro, quando ela começou a vomitar um líquido amarelo. Meu marido voltou para dentro da unidade e explicou o que estava acontecendo! Lá disseram que era para a gente ir para a UPA de Formosa-GO! Não nos deram nenhum tipo de suporte, nos deslocamos por conta própria até Formosa-GO", completou a mãe.
Em ato contínuo, Gabriela relatou que foi atendida de forma imediata na UPA porque não havia fila de espera na unidade de saúde. Na ocasião, o médico examinou a bebê, na sequencia mandaram ela levar Jade para outra sala para fazer uma lavagem nasal, entretanto, ao examinarem a gargante da menor, notaram que ela não estava com a garganta inflamada como os medicos haviam dito no Hospital de Vila Boa.
"Me perguntaram se minha filha havia feito um raio-x no outro hospital, informei que não, na sequência olharam o ouvido dela e disseram que estava tudo normal, que ela estava bem, que os vômitos devido à febre e por ela estar gemendo de dor era algum desconforto na barriga, lavaram o nariz dela e falaram que ela estava com congestionamento nasal, em seguida liberaram a gente e disseram que só era para voltar se Jade retornasse a dar uma febre alta de 40 graus", ressaltou Gabriela.
Na ocasião, Gabriela retornou para casa com seu companheiro e com sua filha, entretanto, na segunda (07/07), foi até o Posto de Saúde do Distrito do JK com a Jade, pois a criança estava fraca e sonolenta, pois teria passado o dia e a noite de domingo (06/07) vomitando.
Na unidade de saúde, Gabriela foi informada que Jade poderia estar desidratada, na sequência chamaram uma ambulância para retornar a bebê para a UPA de Formosa.
Gabriela conta que, deram acesso no braço da sua fila e colocaram soro no trajeto do JK até a UPA de Formosa. Ao chegar na UPA aplicaram outro soro na criança, em seguida tentaram tirar sangue para a realização de exame, entretanto, a todo tempo a amostra de sangue coagulava.
"Conseguiram tirar sangue da minha filha na veia artéria, depois disso pediram para que eu tentasse amamentar ela, mas, minha filha já não conseguia pegar no peito, colocaram ela no oxigênio e depois pediram um raio-x, na hora os médicos disseram que não havia dado nada, que estava tudo bem. Já anoitecendo, tentaram acordar ela para que eu a amamentasse so que ela não teve reação, não conseguiram acordar ela"
Gabriela afirma que, a médica entrou na sala, tentou reanimar Jade e ela não respondia, na sequência, chamaram outro médico para ajudar quando informaram para ela que sua filha já havia dado uma parada respiratória.
"Fiquei desesperada, na hora o resultado dos exames saíram e me falaram que os exames constataram que Jade estava com dengue, na hora me disseram que iriam intubar minha filha e que em seguida a encaminhariam para um Hospital em Águas Lindas, ficamos esperando a ambulância chegar E logo ela foi transferida"
Ao chegar no Hospital em Águas Lindas, Gabriela recebeu a notícia de que o estado de saúde de Jade era gravíssimo. Na sequência, a médica solicitou uma tomografia e outro exame de sangue.
"Depois disso tudo, deitei na cadeira para tentar dormir, achando que estava tudo bem, quando eles pediram para ficar esperando na sala de espera.Após uns 15 minutos a médica abriu a porta com outra mulher e me disseram que eles não tinham uma notícia boa para mim, eles falaram que tentaram de tudo mas que a minha filha havia ido a óbito, que podíamos ir para casa e que quando os resultados ficassem prontos, eles avisariam".
Consta no laudo cadáverico que Jade faleceu de morte encefalica e que ela estaria com dengue.
"Vamos atrás de justiça, da primeira vez que nós tínhamos ido na UPA eles poderiam ter feito uma bateria de exames, mas eles não fizeram nada! falaram que ela estava bem, acredito que essa medicação que ela tomou foi o essencial para acontecer isso! Minha filha hoje não está aqui comigo, não sei nem ser quer que medicação eles deram para minha filha"
O espaço segue em aberto para que as partes envolvidas se manisfestem sobre o caso.