Grilagem de terra no Setor Industrial de Formosa é avaliada em 7 milhões de reais
O Ministério Público desencadeou na manhã de hoje (18/08), a segunda fase da operação denominada “Escritório do crime”, cujo objetivo foi cumprir 03 (três) mandados de busca e apreensão e 01 (um) mandado de prisão preventiva em face de investigados de crimes de esbulho, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa (quadrilha) praticados no município de Formosa/GO.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão expedidos pelo juízo da 3ª Vara Criminal de Formosa/GO nos seguintes locais e em desfavor dos seguintes investigados:
a)- Escritório e residência do empresário Gustavo Henrique de Araújo Eccard, no Distrito Federal.
a)- Escritórios da empresa Águas Minerais Veredas LTDA-ME em Formosa/GO.
O mandado de prisão preventiva foi expedido em desfavor do investigado Anderson Juvenal de Almeida, suspeito de ser um dos falsários do grupo. A operação é desdobramento da primeira fase e identificou que os investigados Gustavo Eccard e Anderson Juvenal, nos anos de 2022/2023, se uniram ao investigado Nilson Ribeiro dos Santos com o objetivo de se apropriar e utilizar área situada no Setor Industrial de Formosa avaliada em R$7.000.000,00 (sete milhões de reais).
Para tanto, o advogado Nilson Ribeiro dos Santos e o empresário Gustavo Eccard forjaram procurações nos cartórios de Formosa/GO e de Planaltina/DF em nome da legítima proprietária do imóvel, moradora de São Paulo, que possuía a área desde a década de 1970.
O doutor Nilson Ribeiro dos Santos também fez uso do documento ideologicamente falso junto à Prefeitura Municipal de Formosa, onde obteve documentos públicos para registro no Cartório de Imóveis de Formosa como etapa preliminar da fraude detectada.
O esquema envolvendo os investigados Nilson Ribeiro dos Santos, Anderson Juvenal de Almeida e Gustavo Eccard foi descoberto pelo cartorário de Planaltina/DF, que desconfiou da veracidade da documentação apresentada.
A verdadeira proprietária do lote foi identificada, localizada e ouvida pelo MPGO em São Paulo, oportunidade em que negou ter outorgado as procurações referidas e afirmou que não conhece e nunca viu doutor Nilson Ribeiro dos Santos e Gustavo Henrique de Araújo Eccard. O MPGO procederá agora à análise do material apreendido para corroborar as provas já obtidas do esquema de fraudes do qual os investigados fazem parte. Caso condenados ao final do devido processo penal, estarão sujeitos a mais de 10 (dez) anos de prisão. Auxiliaram na operação, equipes da Polícia Civil.
O Portal Foca Lá reserva o espaço para a defesa dos citados apresentarem sua versão sobre os fatos.