Confira a matéria com o vídeo da live realizada ontem (11/11) em frente ao presídio
Um grupo de 66 detentos que cumprem pena em regime semiaberto em Formosa realizaram um protesto na noite de segunda-feira (11/11) em frente ao presídio semiaberto, conhecido popularmente como "cadeião".
O protesto tem como motivação à transferência destes detentos para cidade de Planaltina/GO em virtude da interdição de 4 alas do presídio, após um incêndio ocorrido no último dia 24/10 em Formosa.
Na ocasião o Corpo de Bombeiros de Formosa em atendimento a ocorrência de forma preliminar relatou que o incêndio teria sido provocado por problemas elétricos, no entanto somente uma perícia no local poderia determinar com precisão a causa do incêndio.
No protesto parte do grupo presente relatou que não tem condições financeiras para deslocamento diário até a cidade de Planaltina, e também que muitos poderiam perder o emprego e que isso consequentemente faria regredir ao regime fechado de cumprimento de pena.
A reportagem entrou em contato com o diretor do sistema prisional de Formosa, Volnei Vitor que nos informou que essa é uma decisão tomada pelo DGAP (Diretoria Geral de Administração Penitenciária em Goiânia), que o sistema penitenciário apenas cumpre essa determinação, segundo ele, os detentos que não comparecerem em Planaltina/GO, tomarão falta.
Em entrevista ao vivo na Terra FM de Formosa na manhã de hoje (12/11), o diretor disse que há indícios de que o incêndio ocorrido no último dia 24/10 foi criminoso, e que as consequências de atos como este infelizmente é coletiva, mesmo sabendo que boa parte dos apenados que ali estão, querem e vão cumprir sua pena de forma exemplar.
Foi levantado a hipótese de que alguns apenados estariam incentivando estes atos, imaginando que teriam a vida facilitada no cumprimento da pena, segundo o serviço de inteligência do sistema prisional, há detentos com viagem marcada para o litoral.
Promotoria
Em contato com o ministério público, através do promotor Douglas Chegury a reportagem da Terra FM obteve a confirmação de que a promotoria, instaurou um procedimento legal para apurar a legalidade da transferência, tendo como base o princípio de que os detentos também não podem ser onerados.
Confira o vídeo da live realizada ontem a noite em frente ao presídio