A suspeita de existência de explosivos na Rodoviária de Planaltina, na manhã desta segunda-feira (6/10), provocou tensão e medo entre quem passava pelo local. A área foi isolada após a identificação de objetos semelhantes a dinamites, o que mobilizou equipes da Polícia Militar, Bope e Corpo de Bombeiros. Enquanto os agentes atuam, a população acompanha com apreensão.
Após a identificação de uma mochila deixada no local, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) acionou equipes especializadas para verificar o conteúdo, seguindo protocolos de suspeita de artefato explosivo. Uma pessoa foi detida na região e a PM ainda não deu detalhes sobre a prisão.
As forças de segurança utilizam um robô antibomba e um raio-X scanner para fazer a inspeção do material sem risco para os agentes. A mochila foi inicialmente submetida ao equipamento de escaneamento, que identificou itens em seu interior. Em seguida, o robô retirou os objetos para análise.
Entre os materiais encontrados estavam roupas e uma sacola considerada suspeita, que também passou por verificação com o scanner. O procedimento técnico foi adotado para confirmar ou descartar a presença de artefatos explosivos sem comprometer a segurança do perímetro. A sacola verde foi colocada dentro de um buraco pelo robô.
O vigilante Robert de Assis Teixeira, de 60 anos, passava pela região a caminho do cemitério quando se deparou com a movimentação policial e o estacionamento interditado. Ele criticou a falta de isolamento mais amplo na área. “Poderia ter uma interdição um pouco mais distante, porque dependendo de uma bomba você não sabe a proporção dela”, afirmou.
Para a moradora Leidiane Silva, 36, que chegou à região para ir ao banco, o clima foi de susto e medo desde cedo. Ela relatou ter visto diversas viaturas, agentes do Bope e o robô antibomba recolhendo uma sacola suspeita. “O sentimento é de muito medo, porque ultimamente vimos muitos crimes acontecendo aqui na rodoviária. Quando as pessoas viram, acharam que era mais um caso de morte”, contou.
Quem trabalha próximo ao terminal também sentiu o impacto. Diana Xavier, 26, chegou às 7h para o expediente na pastelaria e por volta das 9h viu a movimentação intensa de policiais. “Ficamos com medo. Deus me livre uma bomba dessa explodir e a gente aqui trabalhando. Temos filhos em casa e isso nos deixa muito preocupado. É muito perigoso”, disse.