Os bastidores indicam que o PT pode encabeçar a chapa com o PL colocando o nome do vice
E pode isso? Em muitos lugares, o PT, do presidente Lula, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, não se bicam nem misturam. No município de Alto Paraíso de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros, a situação não só extrapola a polarização nacional como caminha para uma inusitada aliança costurada para fazer oposição ao atual prefeito Marcus Rinco (União Brasil).
Lá, PT e PL fazem oposição à atual gestão e perceberam que a única forma de derrotar o atual gestor é numa grande aliança. Outros partidos à esquerda e a direita também fazem parte do bojo das conversas. E os articuladores dizem que nada é de outro mundo. Todas as conversas, inclusive, são republicanas e dentro do diálogo democrático. Ainda não há uma configuração certa. Os bastidores indicam que o PT pode encabeçar a chapa com o PL colocando o nome do vice.
“Sabemos as dificuldades que temos para trabalhar dentro de casa pois sabemos que podem haver resquícios. Mas mesmo dentro disso há o entendimento que é necessário essa coalizão para construção de um bem maior da cidade que é o que a gente vê. Estamos trabalhando sem radicalismos, com bastante razão e diálogo”, destaca Hugo Bites que é presidente do PT em Alto Paraíso.
Tanto ele como o ex-prefeito Martinho Mendes, que é presidente do PL em Alto Paraíso têm conversado e acreditam que à medida que a polarização nacional vai diminuindo de acordo com o tamanho no município. “Quanto menor o município, mais a gestão deixa de ser ideológica e é focada mais na solução de problemas. Infraestrutura, saneamento básico, iluminação pública, etc”, destaca.
Martinho que já foi prefeito do município em outra ocasião também pontua o mesmo. “As tratativas estão em nível estratégico”, pontua. “Estamos conversando sim, acredito que é possível sim uma aliança; no interior as pessoas vão muito mais por quem está conduzindo do que puramente pela sigla do partido!”, reforça.
Hugo, inclusive, acredita que a cidade pode servir de exemplo para outros locais em uma lição de que há espaço para diálogo com divergentes por um “bem maior”. “A aliança parece ser inusitada por justamente por ser inusitada que temos tranquilidade de caminhar juntos para mostrar justamente à sociedade que não queremos trabalhar na polarização e no radicalismo”, completa.
Com informações: Mais Goiás