Hoje a pessoa chega para o vereador pedindo tijolo, cimento, cesta básica ou vaga para algum hospital. “Me dá uma ajuda aí”. Amanhã reclama da cidade, dos buracos, dos alagamentos, e até da casa que conseguiu e desabou por ter sido feita com material inferior ao especificado.
Parte da culpa da má política de Formosa é de quem vende seu voto por um “sorriso e simpatia ensaiada”, por coisas materiais, por favores, sejam eles quais forem.
VEREADOR NÃO É ASSISTENTE SOCIAL (e nem seria função do Assistente profissional esse tipo de coisa!). Pode ter CERTEZA que aquele vereador que distribui gasolina, cesta básica e outros favores para ganhar voto, depois vai precisar “repor o caixa” dele com corrupção. Seu “favorzinho” vai ser cobrado mil vezes mais na escola sem recursos, na cidade sucateada, em sua rua virando terreno baldio, na saúde que não vai atender sua necessidade quando precisar.
A regra é simples: prometeu ou fez ‘favorzinho’ para ganhar voto, NÃO PRESTA. Vai ser ruim, não vai fiscalizar nada do que precisa, e ainda pode fazer lei para te ferrar. Aliás, tem gente que acha que vereador tem que ficar “fazendo leis”, como se isso fosse o mais importante. Se cada um dos vereadores aprovasse duas leis por ano, no fim de 4 anos serão 136 (centro e trinta e seis!) novas LEIS municipais. E alguém acha que seriam 136 leis novas “maravilhosas”? Vai sonhando!
Se um vereador agir com um agente fiscalizador de verdade, acompanhando e cobrando ações do Executivo, solicitando ESTUDOS, auditorias em LICITAÇÕES (EU DISSE L-I-C-I-T-A-Ç-Õ-E-S) e denunciando quando necessário, além de comunicar ao cidadão os acontecimentos, ele já estará fazendo MUITO MAIS do que produzindo “ideias mirabolantes”.
Cada vez que você “descobrir” que houve qualquer FRAUDE no município, que tenha “escorregado pela peneira” de toda a Câmara de Vereadores, pode ter certeza que você votou ERRADO. É bem possível (salvo você não tendo votado em nenhum dos que deixaram passar a coisa em branco...) que você seja um dos responsáveis por tudo de ruim que vê na cidade e “enche a boca” para reclamar indignado/a nas redes sociais.
Chato, inoportuno, acusativo, vergonhoso, talvez até irritante? É. Mas é um fato. Até quando seremos contraditórios e hipócritas reclamando do monstro que nós mesmos ajudamos a criar?