"Já ouviu falar de política entre insetos? Eu também não. Os insetos não tem política. São brutais, não tem compaixão, nem fazem compromissos. Não se pode confiar num inseto. Gostaria de me tornar o primeiro inseto político" (trecho do filme A MOSCA, 1986, após o cientista entender que logo deixaria de ser humano).
Somos seres políticos: temos a capacidade de união e articulação para um bem comum.
O político ideal (como representante) é aquela pessoa que se identifica num nível muito profundo com um grupo de pessoas (uma organização, uma cidade, um estado, um país). Ele se torna a expressão da alma coletiva de uma comunidade!
Ao passo que o bom político é uma ponta de lança de conquistas para uma comunidade, o politiqueiro é sua ruína. O político geralmente conduzirá ao ganho de LIBERDADES, com a abertura de novos caminhos e horizontes (e a consolidação de outros). Já o politiqueiro tentará obter mais CONTROLE sobre as pessoas e situações.
O politiqueiro controla sendo o “distribuidor e administrador de benefícios” com uma mão, e com a outra mão exerce a cobrança compulsória (através de impostos, fidelidade, cobrança dos “favores” ou mesmo obediência). As duas rédeas estão devidamente ajustadas: eis o projeto de poder em ação.
O politiqueiro não hesitará cruzar todos os limites éticos e esse é um dos sinais para identifica-lo. É preciso que fique claro: todos os que tem um projeto de poder (politiqueiros) não tem pudor em fazer o que achar que é necessário para GANHAR. Irão mentir, distorcer, se vitimizar, atacar com fúria e indignação teatral; dissimular, inventar e criar situações para aparecer. E o principal: camuflar seu projeto de poder como “projeto social”.
Intuitivamente as pessoas SENTEM. SABEM que estão diante de sujeitos vis e monstruosos. Mas alguns se afinam com a “esperteza”, e outros tem a esperança de “participar do projeto de poder”, tendo consciência plena que isso é sempre ruína e desastre de sua comunidade.
O politiqueiro é como um inseto disfarçado de humano político.