No Laguinho do Vovô há duas placas grandes proibindo transitar pela calçada com cães, montado em bicicleta, skate ou patins. Ainda assim, observamos não apenas adultos levando cães para passear, mas também levando filhos para pedalar.
Dia desses vi um pai e uma mãe com dois filhos pequenos levando um saco de lixo cheio de mato seco, para colocar fogo em um terreno desocupado, quase no centro da cidade. Fumaça e fuligem para todo lado, quando sabemos que o Código de Postura do Município proíbe isso.
Que mensagem se passa para as crianças quando os próprios pais as condicionam a serem infratores desde cedo? Não tenderá essa criança a desrespeitar outras placas e normas mais tarde, quando estiver dirigindo em várias outras ocasiões?
As consequências disso podem ser expressas na seguinte pergunta: alguém condicionado por anos a desrespeitar leis e normas COLETIVAS, será um bom “respeitador de indivíduos”? Será um bom cidadão?
Não adianta botar os filhos em boa escola, catequese ou escola bíblica, cobrar comportamento ético: eles são muito mais atentos do que parece, e o exemplo ensina mais do que qualquer coisa. Por vezes se incute nos pequenos profunda marca de CORRUPÇÃO na vida, na alma.
Mais que isso: essa marca não tem controle, pois é estrutural. Vai aos demais aspectos da vida, no trabalho, nos relacionamentos, na política. Juventude e vida adulta são progressão para problemas comportamentais, violência, desrespeito ao sossego público, ao meio ambiente, casos de polícia e corrupção.
O respeito à coletividade começa com as coisas menores. Um profundo senso de atenção ao próximo de não confundir público com privado, não invadir o espaço dos outros com som, com veículo no lugar errado, com fumaça, com animais, com qualquer coisa que possa causar incômodo, transtorno. NISSO que reside a base da cidadania.