Imagino o que passa na cabeça de uma pessoa que acredita ser unicamente “destinatária de direitos”, sem nunca ter se perguntado que obrigações ela teria. Ela se acha credora de tudo, “o mundo me deve”.
Para piorar, passa a praticar a vitimização, baseando sua visão de mundo numa ‘guerra de opressão’ contra alguma característica sua. A união dessas duas atitudes é a base da tragédia e do fracasso na vida!
Como construir competências verdadeiras e virtudes legítimas com tais convicções? Como construir-se como Ser, livre e genuinamente feliz? Não há tempo nem condições para se desenvolver interiormente e alcançar a Contemplação. Tudo é visto com “filtros” de conflito (muitos, fabricados pela conveniência) entre a Presença e a Vida.
Nessa separação há choques, rancores, isolamento, abatimento. E quando o Ser é conflito, seus atos são espelho de sua natureza; se refletem em seu interior e à sua volta. Não se contribui com o mundo nessas condições, jamais! Uma vida sem contribuir, sem fornecer valor, é o chamado “comer o pão da vergonha”. É a definição de uma vida sem sentido.